sexta-feira, dezembro 18, 2020

AS REAÇÕES DO TEMPERAMENTO

 

                            AS REAÇÕES DO TEMPERAMENTO


                               Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas

As reações são próprias da natureza. Tudo o que é vivo reage. E não é diferente em relação às pessoas.

São as reações próprias do temperamento psicológico de cada um.

Muitas reações são justificáveis, mas há reações que não têm nenhuma justificativa.

O ruim é quando uma vez produzida a reação negativa ela perdure e pode levar ao rancor e às vezes até ao ódio entre os seres humanos.

Quantas vezes se desfaz uma amizade porque um ou o outro não soube conter uma reação negativa e aquilo permaneceu dentro e levou ao rancor e aquele vínculo entre os amigos sofre uma lesão irreparável!

Há reações que se poderia qualificar de perigosas, mas que deixam um rastro negativo e podem promover estragos num relacionamento que era até então saudável e duradouro.

Como controlar as reações? Não permitir que durem mais que o necessário, para que se permita pelo menos um pequeno desafogo e que não venha a ocupar a região sensível, do sentimento.

Exercer um certo domínio sobre as reações é uma forma de se evitar agir impulsivamente em muitas circunstâncias do cotidiano.

Felizmente há as reações positivas. Reações de felicidade, alegria, de bem-estar e são as que devem perdurar.

Tratar de eliminar as reações de tristeza, de pena e pesar.

Na convivência, se pode experimentar as reações as mais variadas. Há reações e atitudes que nunca se imaginava que aconteceriam, e, no entanto, ela se manifestam e permitem ver o quanto se desconhece da própria psicologia.

Os hábitos provocam reações psicológicas que podem ser positivas ou negativas.

O importante é dominar as reações, principalmente aquelas surgidas em instantes de impulsividade.

A atitude serena é o que de melhor se pode ter. A condição básica é saber dominar a natureza passional, os impulsos, as reações instintivas.

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terça-feira, dezembro 01, 2020

OBSERVAR E PENSAR

 

                                                 OBSERVAR E PENSAR

Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas

Ensinar nas escolas a observar e pensar, duas importantes faculdades da inteligência, indispensáveis ao equilíbrio do ser humano.

O aprendizado das técnicas de observação naturalmente permitiria ao educando desenvolver ao máximo essa potencialidade, permitindo que diante dos obstáculos e problemas que a vida apresenta, pudessem encontrar as melhores e sábias soluções.

O pensar com liberdade, livres das amarras dos preconceitos e crenças absurdas, possibilitaria àquele que aprende desenvolver o seu pensar com altruísmo e criatividade.

O exercício da leitura certamente encontraria naqueles que desenvolvessem essas duas citadas faculdades mentais, um excelente auxiliar para o discernimento e a reflexão.

Pensar é também, refletir, raciocinar e observar.

Entretanto, se faz mister ensinar o exercício e prática dessas faculdades, utilizando-se de conhecimentos adequados, pois há conhecimentos que são específicos para isso e entendemos que se há de buscar essa natureza de ensinamentos, em uma ciência do pensar consciente.

Novas formas de se aprender exigem a utilização de conhecimentos que transcendam as fronteiras do saber até aqui utilizado nessa sublime e nobre missão de ensinar.


UM BELO SENTIMENTO!

 

UM BELO SENTIMENTO!   


Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas

O Dr. Alfredo passou um dia bastante atarefado e estava exausto ao final do dia. Não via a hora de ir para o aconchego de seu lar, onde lhe esperavam sua amada esposa e querida filha de aproximadamente quatro aninhos.

Enfrentando um trânsito caótico finalmente abria o portão da garage de sua residência, chegando de mais uma jornada de trabalho.

Abriu a porta da sala e se deparou com sua mulher resmungando e muito nervosa.

- Você tem que conversar com a sua filha Isabella, ela está impossível, não a aguento mais!

- O que foi que aconteceu? Expressou o pai, jogando o seu paletó no sofá no canto da sala.

- Sabe aquela rosa que estava linda naquela roseira, no jardim, ela a arrancou.

- A Isabella?

- Sim.

- Como você sabe que foi ela? Não teria caído?

- Não. Não poderia ser outra pessoa. Não havia ninguém aqui, a não ser nós duas.

- Isabella, gritou o pai, indo para o quarto da criança.

Chegando lá, a menina brincava com suas coisas e ver o pai, correu em direção ao seu armário e dali tirou uma linda rosa vermelha e alegre e saltitante foi em direção ao pai, dizendo:

- Veja o que colhi para você!

O pai, assustado e desconcertado ficou parado no meio do quarto e a menina rindo:

- Tome papai, é para você. Veja que linda flor!

O pai agachou-se, pegou a rosa que a filha lhe estendia e abraçando-a, agradeceu o presente.

Uma lágrima rolou na face do pai. A filha arrancara a rosa de seu talo, na roseira, para oferecê-la ao seu querido papai.

A mãe vendo aquela cena, também se emocionou.

O pai disse à filha que seu gesto era muito lindo, porque expressava um nobre sentimento de gratidão. Mas acrescentou com o intuito de transmitir a ela outro elemento útil a sua formação como pessoa, também, que aquela flor ficaria muito viçosa se continuasse no seu talo, junto à planta.

Por fim o pai, analisando essa vivência ao lado de sua mulher e longe da filha, expressou que felizmente não externou o pensamento de impulsividade quando recebeu a notícia de que a rosa fora arrancada da roseira, porque se tivesse agido precipitadamente poderia ter maculado aquele instante tão sublime, em que a filha, inocentemente, praticara aquele ato, movida por um sentimento nobre de amor ao pai.

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segunda-feira, junho 08, 2020

INOPORTUNA E TEMERÁRIA


CONTO CURTO (Para ler duas vezes)
Extraído do Livro CONTOS CURTOS - DES-CONTOS, Editora: CLUBE DE AUTORES

INOPORTUNA E TEMERÁRIA

As duas quando estão juntas as intimidades são devassadas e ambulam de boca em boca disputadas pela curiosidade alheia.

Sob sua influência aquela pessoa era impelida a falar e agir irrefletidamente, sem acerto nem responsabilidade.

Ela, imperativamente, obrigava a outra a falar em excesso, expondo, prematuramente, projetos e propósitos.

Esse comportamento imprudente não lhe agradava e por mais esforço que fazia para
fugir disso, sentia-se incapaz e sem forças para tal.

Essa convivência a estava prejudicando em suas atividades diárias, principalmente, em seu trabalho e relações com os semelhantes.

Decididamente, para preservar sua moral e pudor teria que por um fim àquele relacionamento nada saudável.

A atitude inoportuna da «amiga» não contribuía de forma alguma para o cultivo da
fidelidade, imprescindível a uma convivência salutar.

Compreendeu que se não desse um basta àquela permissibilidade perderia irreversivelmente o controle de seu foro íntimo.

Sim, estamos falando daquela que leva ao que a acolhe, a exteriorizar inveteradamente o que pertence ao âmbito privado, fazendo-o «viver fora de si mesmo». Seu nome é indiscrição.

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quarta-feira, junho 03, 2020

O PENSAMENTO DE DEUS



O PENSAMENTO DE DEUS

Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas

_____________________Sumário_______________________
1.Preâmbulo; 2.A Perfeição Humana; 3.O Pensamento de Deus; 4.A Imagem de Deus;5.Conclusão.

PREÂMBULO

Dois conceitos se evidenciam, o do ser humano e o de Deus. Esses conceitos se encontram na cultura vigente bastante deturpados. O ser humano para a ciência oficial é um animal racional, incluído no terceiro reino. Do ponto de vista religioso ele é pó e a ele retornará.

Qual é o meu conceito do homem?

Qual o meu conceito de Deus?

O homem pertencente ao quarto reino, o hominal, porque é dotado de um espírito que o anima, diferençando-o, substancialmente do animal. O homem é um ser pensante com a prerrogativa de exercício consciente do poder de criar.

A PERFEIÇÃO HUMANA

Eu me perguntava: o homem é perfeito? Aprendi que na acepção original, na mente do Criador, ele é perfeito. Entretanto, lhe foi conferida a prerrogativa de tomar consciência dessa perfeição ´por meio do aperfeiçoamento, nos planos psicológico, mental e espiritual.

Sou incompleto e irei me completando ao me esforçar em me aproximar da imagem ideal, concebida por Deus. E, na convivência com os demais vou formando a minha imagem, corrigindo os erros e praticando acertos. Cada um de nós tem algo que pode oferecer aos demais, porque o que a uns falta outros tem. Eu, então, me completo nessa convivência.

E, para que esse aperfeiçoamento aconteça, se realize, preciso seguir a vontade de Deus, o seu pensamento, estampado na Criação.

O PENSAMENTO DE DEUS

Como se manifesta o pensamento de Deus aos homens?

Deus se expressa ao homem por meio de suas leis e também, por meio da conduta boa e elevada que observo no meu semelhante. Ao ouvir o conselho de alguém que me quer ajudar. Ao receber um bem, vejo nesse bem expresso o pensamento de Deus. Deus se pronuncia no bem, na virtude.

Meu corpo, por exemplo, é perfeito e funciona sem a interferência de minha vontade. Mas se o encher de líquido, em flagrante excesso, sofro as consequências. Se ingiro um alimento estragado, também, sofro com isso. Deus aí se está pronunciando, mostrando-me que meu corpo não foi feito para encher de bebida e nem fazer uso de alimentos inadequados.

Em virtude desses simples exemplos vejo Deus e percebo o seu pensamento em minhas atividades do dia a dia. Ele não é aquela figura distante e etérea. É real e concreta, embora transcendente.

Ao ingerir um alimento pesado estando o meu estômago debilitado, Deus se manifesta nas consequências desse ato. Acontecendo igual coisa se quero adquirir um conhecimento sem me preparar para recebê-lo. São advertências que expressam o pensamento de Deus.
A IMAGEM DE DEUS

Cultivando o sentimento panteísta (ver Deus em tudo), ou seja, ver Deus na Criação, na Natureza, nas manifestações nobres e altruístas do ser humano, vou formando uma imagem ampla do Criador.

A sua imagem é inabarcável. Ele não pode ser inserido numa estátua, num país e nem no Universo.

Devo confiar em Deus, nas grandes coisas e confiar em mim, nas pequenas, pois Deus me dotou de todas as condições para que eu possa conduzir minha vida e ser o dono de meu destino.

Não devo pedir nada a Deus, pois ele já me deu tudo. Devo, isto sim, oferecer e ofertar a Deus as minhas conquistas e vitórias e recordar-me Dele nos momentos de júbilo e alegria.

CONCLUSÃO

Há expressões que convidam a não pensar e que dizem: “Que Deus me ajude!” ou aquela: “Não pense muito que Deus te ajudará”. Melhor ter em mente aquela máxima muito velha que diz: “AJUDA-TE E DEUS TE AJUDARÁ!”

Pois, no momento em que cada um é capaz de se ajudar, certamente, nessa ajuda está implícita a ajuda de Deus.