sexta-feira, fevereiro 17, 2006

O NOVO HUMANISMO





Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas ( * )


Historicamente o humanismo foi um movimento intelectual e literário que colocou o homem no centro de todas as preocupações artísticas, filosóficas e morais. Essa doutrina se orientou no sentido de reviver e imitar os modelos artísticos, literários e científicos da Antiguidade greco-latina, considerada como exemplo de afirmação da independência do espírito humano.

Do ponto de vista histórico está ligado ao Renascimento (Séc. XIV e XV) É também uma descoberta do homem enquanto homem - e, portanto, uma afirmação de todas as categorias do humano. Há um humanismo cristão e um humanismo medieval.

O humanismo é um nostálgico e sentimental retorno à cultura e às letras clássicas. A agonia do humanismo se dá no fim do séc. XV. O humanismo entra em flagrante conflito com a ortodoxia cristã. A partir dos decretos do Concílio de Trento e da implantação da Contra-Reforma, o espírito humanista principia a agonizar. As preocupações religiosas e o interesse pelas novas ciências naturais escrevem-lhe o epitáfio. A partir do séc. XVIII, já não se trata mais de humanismo, e sim de "humanitarismo" (Séc. IX e XX) E deste são produtos: o humanismo marxista, o humanismo existencialista de Jean-Paul Sartre, o humanismo católico de Jacques Maritain.

Notas: * Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas, Advogado.
E-mail: marcoaureliochagas@zipmail.com.br

Nenhum comentário: